Apartamentos Compactos em São Paulo: Por Que São Mais Caros?

Publicado em 20/06/2024
Apartamentos Compactos em São Paulo: Por Que São Mais Caros?

Os preços de venda dos imóveis residenciais no Brasil subiram 0,74% em maio, de acordo com o Índice FipeZAP. Este indicador analisa mensalmente o comportamento dos preços de venda em 50 cidades brasileiras. No entanto, os apartamentos compactos são os que mais chamam a atenção, especialmente em São Paulo.

Aumento dos Preços dos Imóveis

O índice mostrou uma nova aceleração nos preços: em abril, havia sido registrada uma alta de 0,66% e, em março, de 0,64%. A média ponderada de preços no País alcançou R$ 8,9 mil por metro quadrado. Quem puxou a alta dos preços foram os apartamentos menores, de até um dormitório. Neles, os preços avançaram 0,89%, para R$ 10,6 mil/m². O preço dos compactos supera os apartamentos de dois dormitórios, que têm valor médio de R$ 8,05 mil/m². Os de três dormitórios, por sua vez, custam em média R$ 8,7 mil/m², e os de quatro ou mais dormitórios têm preço médio de R$ 10,2 mil/m².

Por Que os Apartamentos Compactos São Mais Caros?

Paula Reis, economista do DataZAP, explica que, desde a década de 1980, o movimento crescente de urbanização resultou em áreas densamente povoadas, o que levou à criação de imóveis compactos, geralmente com até 45 m² e um dormitório, localizados em áreas valorizadas. Embora tenham um custo total mais acessível, esses imóveis têm um preço por metro quadrado mais alto devido à localização em bairros com mais infraestrutura de transportes, serviços e comércio.

Investimento em Apartamentos Compactos

Para quem compra imóvel por investimento, o rendimento dos compactos também costuma ser maior. Com base em dados do índice de abril de 2024, o retorno médio do aluguel residencial dos apartamentos de um dormitório ficou em 6,57% ao ano – acima da taxa de juros real, que ficou em 6,41% nos cálculos do índice.

Onde os Preços de Venda Mais Subiram?

O levantamento mostrou alta nos preços em 47 das 50 cidades monitoradas, incluindo 15 das 16 capitais que integram o cálculo. Entre as capitais, o destaque ficou mais uma vez com Curitiba (PR), com alta de 1,88%. A capital paranaense vem apresentando crescimento desde o final do ano passado. Ainda assim, Reis defende que é cedo para falar em tendência, já que os fatores podem tomar outro rumo nos próximos meses.

Variações entre as Capitais

Veja a lista das variações entre as capitais:

  • Curitiba/PR (+1,88%)
  • Goiânia/GO (+1,47%)
  • Maceió/AL (+1,27%)
  • Salvador/BA (+1,18%)
  • Florianópolis/SC (+1,05%)
  • Belo Horizonte/MG (+0,98%)
  • Vitória/ES (+0,94%)
  • João Pessoa/PB (+0,92%)
  • São Paulo/SP (+0,72%)
  • Porto Alegre/RS (+0,65%)
  • Recife/PE (+0,60%)
  • Fortaleza/CE (+0,59%)
  • Brasília (+0,52%)
  • Manaus/AM (+0,38%)
  • Rio de Janeiro/RJ (+0,29%)

Além de Campo Grande, onde os preços residenciais recuaram 1,13% em maio deste ano, as outras duas cidades monitoradas que registraram queda mensal nos preços de venda foram: Canoas/RS (-0,20%) e Santa Maria/RS (-0,01%).

Metodologia do Índice FipeZAP

O Índice FipeZAP é um índice de preço que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais – foi o primeiro indicador nacional lançado para este acompanhamento. O índice é calculado pela Fipe com base em informações de anúncios de imóveis para venda e locação veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis). No caso dos índices do segmento residencial, o cálculo envolve amostras de anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades selecionadas. Já no caso dos índices do segmento comercial, os anúncios utilizados se referem a salas e conjuntos comerciais de até 200 m², sediados em 10 cidades selecionadas.


Espero que este guia sobre os preços dos apartamentos compactos em São Paulo tenha sido útil para você. Para mais informações sobre o mercado imobiliário e outras dicas de investimento, continue acompanhando o Blog da Polo!